
A virgem Santa, mãe de Jesus Cristo, apareceu em diversas localidades ao redor do mundo em momentos importantes da história. Graças à misericórdia de Deus, Maria apareceu no Brasil na forma de uma imagem negra, na época em que a escravidão no país estava em alta.
Maria foi proclamada Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rainha do Brasil, em 16 de julho de 1930 pelo papa Pio XI. O Brasil rende-se ao amor incondicional da “Mãe negra” no dia 12 de outubro, data que marcou, em 1980, a proclamação de feriado e consagração do Santuário Nacional de Aparecida pelo Papa João Paulo II.
A aparição da imagem de Nossa Senhora de Aparecida ocorreu em 1717, época das Capitanias Hereditárias. O governante das capitanias de São Paulo e Minas de Ouro estava de passagem pelo Vale do Paraíba, mais precisamente por Guaratinguetá. Animados com a visita, o povo daquela localidade resolveu fazer uma festa de boas-vindas e para isso chamaram três pescadores, Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso para lançar as redes no rio e pescar bons peixes.
O fato era que, naquela época, meados de Outubro, não era tempo de peixes. Porém, como não podiam contradizer o pedido, rezaram pela proteção e benção da Virgem Maria e de Deus para que pudessem voltar à terra firme com fartura. Depois de inúmeras tentativas sem sucesso, eis que surpreendentemente eles pescaram o corpo de uma imagem. Curiosos, lançaram novamente as redes e “pescaram” uma cabeça que se encaixou perfeitamente ao corpo. Depois deste encontro, que nos dias de hoje é representado em todo o Brasil no dia 12 de outubro emocionando os fieis, o barco se encheu tanto de peixes que ele quase virou!
A partir daí, a devoção da Santa foi se espalhando. Primeiro nas casas, depois se construiu uma capela, depois uma basílica, até chegar ao quarto maior santuário do mundo, o Santuário Nacional de Aparecida localizado na cidade de Aparecida, interior do Estado de São Paulo.
O Milagre das Velas
O primeiro milagre atribuído à imagem se deu numa noite serena e silenciosa: enquanto a família e vizinhos rezavam o terço. Era costume, naquela época, as famílias vizinhas se reunirem aos sábados para rezar o terço e outras orações, e entoar cânticos em louvor da Imaculada Conceição de Maria. Duas velas se apagaram sem que ninguém as soprasse, e se acenderam sem que pessoa alguma colocasse fogo nelas. A luz daquelas velas, que se reacenderam miraculosamente naquela noite, iluminou seus corações e despertou neles grande amor e devoção para com Nossa Senhora. Logo grande número de fieis afluíam ao local para render graças à Virgem Imaculada
Caem as Correntes
Em meados de 1850, um escravo chamado Zacarias, havia fugido de uma fazenda no Paraná e foi capturado no Vale do Paraíba. Estava sendo levado de volta, preso por correntes e argolas em torno dos pulsos e do pescoço, quando passaram perto da capelinha da Aparecida. Zacarias, cheio de confiança no poder e na bondade de Nossa Mãe do Céu, pediu para rezar diante da imagem. Rezou com tanta fé, que as argolas e a corrente lhe caíram milagrosamente aos pés! Seu senhor, quando soube do milagre, deu-lhe logo a liberdade. Zacarias tornou-se um dos maiores devotos da Senhora Aparecida e um entusiasmado propagador da devoção a Ela.
O Sacrilégio Punido
Após a Independência do Brasil, o encontro dos romeiros e a devoção a Nossa Senhora Aparecida foi crescendo cada vez mais. Porém, o ódio dos maus também aumentava. Um homem sem fé e inimigo da Religião veio de Cuiabá com a sacrílega intenção de entrar a cavalo na igreja e derrubar a milagrosa Imagem. A Virgem, porém, não permitiu o sacrilégio: as patas do cavalo ficaram presas nas pedras da escadaria. Até hoje pode ver-se a marca de uma das ferraduras, gravada numa pedra que se conserva na Sala dos Milagres da Basílica Nova.

A Cura da Menina Cega
Dona Gertrudes Vaz morava com sua filha em Jaboticabal, no interior de São Paulo. Um irmão dela, chamado Malaquias, ia sempre em peregrinação a Aparecida, e depois contava para a sobrinha os milagres que ali se operavam. A menina pedia à mãe para irem também em peregrinação. Mas como eram muito pobres, não tinham recursos para a longa viagem. Confiando, porém, na Virgem Aparecida, elas se puseram um dia a caminho, pedindo esmolas para se manterem. Depois de semanas de viagem, ao chegarem próximo de Aparecida, de repente, a menina, que era cega de nascimento, exclama com simplicidade: - Olha mãe! Aquilo não será a igreja de Nossa Senhora Aparecida? Muito emocionada, a mãe pergunta: - Minha filha, você está enxergando? - Perfeitamente, mamãe! - respondeu a menina. De repente veio uma luz que clareou a minha vista. Este caso deu-se no ano de 1874.
Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós!
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