No dia 15 de março, os jovens que participam da ACVM convidaram toda a comunidade para participar de uma tarde de reflexão e conversa sobre o Jesus da Gente. E que tarde meus amigos!
Nosso encontro estava marcado para as 15 horas, iniciamos com a Santa Missa celebrada pelo nosso querido amigo Padre Paul. Refletimos em comunidade a grandeza e compaixão de Jesus mesmo nos gestos mais simples, como Jesus ultrapassa as barreiras que a humanidade constrói, e nos convida a assim fazer também. No poço da Samaria nos convidou a beber da fonte da vida eterna, e vamos pedir para que essa nossa sede não cesse.
Após participar com alegria da Santa Missa nos dirigimos à sala Padre Maia, onde o bate papo aconteceu. A conversa foi introduzida pela musica Canção infantil do Mc Cezar, que narra à trajetória e os perigos que muitas pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade passam. Com essa reflexão, demos início a nossa conversa, invocando o Espírito Santo para iluminar a nossa amiga Cristiane.
Cris primeiramente, nos convidou a pensar no que é nosso direito, o que vem a nossa mente em princípio quando se trata de direitos humanos, as respostas foram diversas, respondidas com uma dinâmica onde todos participaram interativamente.
A partir daí, começamos a aprofundar sobre o tema “direitos humanos”, que nos fez refletir sobre a sociedade em que vivemos hoje, onde há um grande abandono, e compramos justificativas baratas para aceitar e viver com nossas consciências tranquilas. O que será que Deus, nosso Pai Celestial e Criador amoroso, espera de nós em situações como essa?
Recordamos que a Igreja nos convida a rezar nessa campanha da fraternidade, que este ano trás, a passagem do Bom Samaritano, que tantas vezes ouvimos, lemos ou encenamos enquanto crianças: "Viu, compadeceu-se e cuidou dele". Entendemos a mensagem de que sim, devemos ajudar nosso próximo, mas a final, quem vem a ser o nosso próximo? Aquele que precisa ser cuidado, que precisa de compaixão, que precisa ser visto. Não visto apenas como um ser humano, que já grande coisa, obra perfeita do criador, além disso, somos criaturas feitas à imagem e semelhança da Santíssima Trindade. Precisamos enxergar o próximo como o próprio Cristo, que habita em cada um de nós, e que se manifesta na medida em que permitimos que Ele haja.
Fomos convidados então, a conhecer esse Jesus, o Jesus da Gente, que pega o Japeri lotado às 6 h da manhã ao lado de todos os trabalhadores, que abraça e acolhe o “nóia” que a gente atravessa a rua para não ser abordado, que está do lado de todos.
Se Cristo que é Cristo, Poderoso Rei dos Céus, se fez humilde, nasceu numa periferia, filho de um carpinteiro, longe das riquezas mundanas, Ele que derramou seu sangue na cruz para a salvação da sua amada criação, porque será tão difícil para nós reconhecermos esse Cristo na população mais vulnerável?
Por fim, quebramos paradigmas, desmentimos o tabu que os direitos humanos são apenas para defender parte da população, para defender bandido, pelo contrário, é um direito de todos os humanos. Mas parando para pensar, quem tem direito a vida de fato, plena, e protegida, pronta para viver o sonho que Deus teve para cada um de nós? É nesse próximo que devemos pensar, é nele que Jesus também está.
Logo após a partilha a juventude encerrou nossa tarde rica de informações e formações com uma meditação Inaciana, sobre tudo que foi dito e discutido em comunidade. Com canções de Taizé, refletimos e contemplamos, agradecemos o encontro que Deus nos proporcionou, e para fechar bem, partilhamos com alegria um lanche da tarde, que se encerrou tão iluminado, quanto foi o dia.
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