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A Vigésima Quinta Hora


Olá, meus irmãos: Que a paz de Jesus e o amor de Maria estejam com cada um de vocês. Muitos cristãos, mesmo os mais comprometidos com a missão de anunciar por palavras e obras o reino de Deus, esbarram numa questão fundamental; o tempo e a prioridade dedicados à oração. Muitos até dizem que a melhor forma de orar é trabalhar servindo ao Senhor através do serviço aos irmãos. Longe de mim querer tirar o mérito do serviço aos irmãos feito por amor ao Senhor, mas só lembro que nós também precisamos ter nosso vínculo pessoal e afetivo com Ele. Essa historinha, cuja origem não conheço, pode ser vista como um exemplo disso. Com muito carinho, sua irmã em Cristo, que os ama muito: Marlene

A Vigésima Quinta Hora.

Alguns anjos, preocupados, procuraram o Criador e lhe disseram que estavam percebendo que as pessoas rezavam pouco. Um grupo deles foi, então, encarregado de investigar o problema, para descobrir suas causas. A comissão fez pesquisas e chegou à conclusão de que todos reconheciam, sim, a importância da oração. Faltava-lhes, contudo, o tempo necessário para rezar, absorvidos que estavam em mil outras ocupações.

Um dos anjos propôs, como solução, uma diminuição forçada da agitação da vida moderna; outro, que as pessoas fossem castigadas, para assim aprenderem a respeitar os direitos do Criador; a ideia aceita, contudo, surgiu quase no final do encontro: "Já que os homens e mulheres dizem não ter mais tempo para rezar, que Deus acrescente uma hora extra a cada dia. E essa hora deverá ser totalmente dedicada à oração". A proposta foi levada ao Senhor e, uma vez aprovada, o dia passou a ter vinte e cinco horas.

Transcorrido um bom tempo, os anjos, surpresos, perceberam que não estavam chegando mais orações ao céu. Foi, então, formada uma nova comissão para estudar o inesperado fenômeno. Os anjos vieram aqui na Terra e constataram que as reações à hora extra eram diferentes, de pessoa para pessoa, de grupo para grupo.

Os homens de negócio estavam gratos pelo dia mais longo, pois, agora, seus lucros eram maiores; contudo, como deviam se preocupar com o pagamento de horas extras a seus funcionários, não lhes sobrava tempo para rezar. Um anjo foi a um sindicato e ali o receberam gentilmente. Explicaram-lhe, porém, que tal hora era uma antiga reivindicação da classe trabalhadora, que há muito estava mesmo querendo mais tempo para o lazer. Os intelectuais, por sua vez, argumentaram que não ficava bem determinar a pessoas adultas o que fazer com seu tempo. Já alguns teólogos disseram ao anjo que essa vigésima quinta hora tinha vindo no momento certo: estavam mesmo querendo escrever sobre a oração, mas lhes faltava tempo para isso. Agora, quem sabe, o livro sairia.

Enfim, cada qual tinha sua desculpa para não dedicar a hora extra à oração. Os anjos constataram, por outro lado, que algumas pessoas tinham acolhido com alegria esse dom de Deus e rezavam mais. Eram, contudo, os mesmos que antes já encontravam tempo para rezar.

Conclusão: a oração não é uma questão de tempo mas, sim, de amor. O tempo, por si só, não produz pessoas de oração. Quem nunca reza, nunca encontra tempo para rezar, mesmo que seus dias sejam mais longos. Quem ama, sempre encontra tempo para fazê-lo. Por isso, os anjos pediram ao Senhor que fosse revogada a vigésima quinta hora e cancelada sua lembrança na mente dos homens.

E assim aconteceu.

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