
Inácio de Loyola nasceu em uma família cristã rural, era o caçula de 13 irmãos e irmãs e foi batizado com o nome de Iñigo. Porém, mudou seu nome e passou a assinar como Inácio. Aos 15 anos, colocou-se a serviço de Juan Velázquez de Cuéllar, ministro do Tesouro Real, em 1506, quando recebeu formação cultural e tornou-se cavaleiro, com habilidades e desejo de seguir a carreira militar.
Até os 26 anos de idade, Inácio se aprofundou nas vaidades do mundo e, em 1517 passou a servir o duque de Nájera, participando de vários combates militares. Durante um combate com os franceses, na tentativa, sem sucesso, de proteger Pamplona, Inácio foi ferido por uma bala de canhão que, além de partir sua perna direita, deixou lesões na esquerda, deixando-o por muito tempo imobilizado.
Neste período, Inácio sofreu mudanças radicais em sua vida. Durante sua recuperação no Castelo de Loyola, não havia livros sobre cavalaria, somente Vida de Cristo, escrita por Ludolfo da Saxônia, e a coletânea Vida dos Santos. Após o contato paciente e atencioso com esses livros religiosos, Inácio percebeu que a vida que levava lhe fornecia alegrias passageiras, ao contrário da alegria duradoura que ocupava seu coração cada vez que se entregava a Jesus Cristo.
TENDO RECEBIDO BASTANTE LUZ DESSA LEITURA, COMEÇOU A PENSAR COM MAIS SERIEDADE EM SUA VIDA PASSADA E EM QUANTA NECESSIDADE TINHA DE SE PENITENCIAR POR CAUSA DELA…
(AUTOBIOGRAFIA 9)
Movido pelo sentimento de mudar totalmente sua vida, após sua recuperação Inácio saiu de Loyola em peregrinação até Montserrat. Após uma noite de oração, entregou sua espada no altar da Igreja de Nossa Senhora de Montserrat. Vivendo como eremita e mendigo, passou pelas mais duras necessidades. Mas seu objetivo era maior: queria ter tranquilidade para fazer anotações em um caderno que, mais tarde, iriam se transformar no livro dos Exercícios Espirituais (EE), considerado até hoje um de seus mais importantes legados.
Durante seu caminho de peregrinação e cada vez mais entrega a Jesus, Inácio encontrou companheiros que fizeram votos de dedicarem-se ao bem dos homens, imitando Cristo. Em 27 de setembro de 1540, Papa Paulo III aprova oficialmente a Companhia de Jesus (em latim, Societas Iesu, S. J.). Em 31 de julho de 1556, muito debilitado, Inácio morre em Roma. Sua canonização aconteceu em 12 de março de 1622, pelo Papa Gregório XV.
Adaptado de Jesuítas Brasil.
Que possamos entregar a Deus nossa liberdade, memória, entendimento e vontade, assim como Santo Inácio o fez. Que a comunidade que leva seu nome seja todos os dias inspirada a viver e fazer todas as coisas para a maior glória de Deus.
Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!
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