Domingo passado nós contemplamos a entrada de Jesus humilde na cidade de Jerusalém. E
percebemos que, assim como Ele entrou naquele tempo em Jerusalém, nos dias atuais nos pede a
permissão para entrar conosco nos lugares que frequentamos. E como a expulsão dos vendilhões
no Templo pode se conectar com o Domingo de Ramos?
A passagem do livro de São Marcos 11, 15-18 nos conta como foi o momento em que Jesus age
de maneira firme e, de certa forma, agressiva aos nossos olhos:
"Chegaram a Jerusalém e Jesus entrou no templo. E começou a expulsar os que no templo
vendiam e compravam; derrubou as mesas dos trocadores de moedas e as cadeiras dos que
vendiam pombas. Não consentia que ninguém transportasse algum objeto pelo templo. E
ensinava-lhes nestes termos: “Não está porventura escrito: A minha casa será chamada casa de
oração para todas as nações (Is 56,7)? Mas vós fizestes dela um covil de ladrões” (Jr 7,11). Os
príncipes dos sacerdotes e os escribas ouviram-no e procuravam um modo de o matar. Temiam-
no, porque todo o povo se admirava da sua doutrina."
Ao entrar em nossas casas, nossos corações… como Jesus encontrará os lugares que “nos
pertencem”? Quantas coisas desnecessárias e sem valor levamos conosco por onde andamos?
Quantas vezes nos enganamos ao pensar que Deus nos ama porque fazemos isso ou aquilo, como
uma recompensa?
O importante é lembrar que o Senhor nos ama a todo momento, em qualquer situação, apesar de
nossa ausência, de nossos pecados. Com isso ponhamos em prática o sacrifício Eucarístico, de
louvor e ação de Graças a Deus por esse amor sem limites e sem restrições.
O tempo pascal é propício para a purificação, seja dos locais onde habitamos e/ou frequentamos,
ou do nosso coração, que é o santuário de Deus.
Refletindo sobre a passagem da expulsão, Jesus é Aquele que tem a coragem de limpar o Templo
para que não exista espaço para a idolatrarão do dinheiro, do prestígio, mas somente para o
Senhor. Que a coragem de Jesus possa nos inspirar e nos ajudar a expulsar tudo aquilo que nos
impede de sermos cada vez mais íntimos de Deus.
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